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terça-feira, 3 de junho de 2014

Fecundação, Desenvolvimento embrionário e gestação:

A fecundação ocorre nas Trompas de Falópio.
Nas Trompas de Falópio vários espermatozóides rodeiam o oócito II. Um dos
espermatozóides atinge a zona pelúcida, que tem uma proteína (ZP3)
receptora dos espermatozóides, ligando-se a uma molécula complementar na
superfície da cabeça do espermatozóide.
A ligação da cabeça do espermatozóide com a molécula receptora induz a
libertação do conteúdo do acrossoma – reacção acrossómica. As enzimas
proteolíticas permitem que a cabeça do espermatozóide atinja a membrana
citoplasmática do oócito e as duas membranas fundem-se. Esta fusão causa a
despolarização da membrana do oócito.
Os grânulos corticais do citoplasma do oócito libertam o seu conteúdo por
exocitose para fora da célula, aumenta assim o espaço perivitelino que funciona
como uma barreira à polispermia.
Quando ocorre a entrada da cabeça do espermatozóide o núcleo do oócito
completa a segunda divisão da meiose, dando origem ao segundo glóbulo
polar e ao pró-núcleo feminino, que se desloca para o centro do óvulo. O
núcleo do espermatozóide aumenta de tamanho e transforma-se no pró-núcleo
masculino.
A fusão dos dois pró-núcleos origina o zigoto.
Até às 8 semanas de gestação formam-se os principais órgãos e o novo ser
humano designa-se embrião. A partir daí designa-se feto.
6 a 7 dias após a fecundação, o embrião implanta-se no endométrio uterino
onde continua o seu desenvolvimento – nidação.

As etapas do desenvolvimento embrionário são:
1. Segmentação: divisões celulares sucessivas que não são acompanhadas
pelo crescimento das células. As primeiras divisões originam uma esfera
compacta de células, a Mórula. Posteriormente, surge uma cavidade no
interior e forma-se uma esfera oca, o Blastocisto - cada célula que o
rodeia é um Blastómero, a cavidade é o Bastocélio e a camada de células
que o rodeia é o Trofoblasto. Nesta etapa, todas as células do embrião
são pluripotentes.
Sete dias após a fecundação o Blastocisto implanta-se no útero – e a
Nidação.
O Blastocisto produz uma hormona, a Gonadotrofina Coriónica Humana
(HCG) que impede a degeneração do corpo amarelo e a consequente
expulsão do endométrio.
2. Morfogénese: As células do Blastocisto rearranjam-se e formam a
Gástrula, que é um embrião com 3 Camadas Germinativas: endoderme
(origina o revestimento do tubo digestivo, o fígado, o pâncreas e os
pulmões), ectoderme (origina sistema nervoso) e epiderme (origina pele
e órgãos dos sentidos), a mesoderme desenvolve-se no esqueleto,
músculos, sistema circulatório e reprodutor.
3. Diferenciação Celular: As interacções entre as células embrionárias
induzem alterações nas expressões dos genes em diversos sentidos –
indução embrionária.

Anexos Embrionários:
• Âmnio: membrana protectora fina que cresce à volta do embrião durante
a terceira e quarta semanas, acabando por o encerrar num saco
membranoso, o saco amniótico, onde se encontra o líquido amniótico.
Amortece contra choques mecânicos, protege o embrião da dessecação e
mantém a temperatura constante.
• Placenta: Disco achatado que envolve a cavidade uterina e através do
qual se verificam trocas de nutrientes, gases e resíduos entre o sangue
materno e o do embrião ou feto. A Placenta tem origem mista e é
formada à custa do córion do embrião e do endométrio uterino. Na nidação, os prologamentos do trofoblasto (as vilosidades coriónicas) mergulham no endométrio uterino cujos vasos sanguíneos sofrem
disgestão enzimática, originando as lacunas cheias de sangue. Uma fina camada de células separa o sangue materno (que se preenche nas lacuna de sangue) do sangue do embrião ou feto que circula pelos capilares
sanguíneos das vilosidades coriónicas. É através desta camada que se efectuam as trocas, sem que se verifique mistura de sangue.
A Placenta produz hormonas responsáveis pela manutenção da gravidez
- como o embrião jovem começa logo a segregar HCG, impedindo a
degeneração do corpo amarelo, mantendo portanto a concentração de
estrogénios e de progesterona, o endométrio mantém-se; a Placenta, uma
vez formada, substitui o corpo amarelo na produção de estrogénios e de
progesterona e o corpo amarelo degenera em função da diminuição da
HCG. É por isso que é possível detectar a gravidez por testes de urina,
pois o embrião jovem produz HCG que é detectada na urina.

• Cordão Umbilical: É constituído por duas artérias e uma veia,
envolvidas por tecido conjuntivo. Estabelece a ligação entre o sistema
circulatório do embrião e a placenta.

• Saco Vitelino: Surge na segunda metade de desenvolvimento. Produz o
sangue do embrião até que o fígado comece a funcionar. Uma parte do
saco vitelino transforma-se no tubo digestivo e outra é integrada no
cordão umbilical.

• Alantóide: Aparece durante a terceira semana, inicialmente é
responsável pela formação de células sanguíneas do embrião e mais
tarde dá origem às artérias e à veia do cordão umbilical.
A progesterona é responsável pela manutenção do endométrio uterino e os
estrogénios expandem o útero. Estas duas hormonas actuam também na
maturação das glândulas mamárias.
No final da gestação o feto produz oxitocina, assim como a hipófise posterior
(mecanismo de retroalimentação positiva).
Ocorre também a diminuição da concentração de progesterona ao nível do
miométrio, o que conduz ao domínio de estrogénios. A dominância de
estrogénios leva à contracção dos músculos uterinos, favorecendo a deslocação
do feto para o colo do útero. A pressão exercida pelo feto no colo do útero
estimula o hipotálamo a estimular a hipófise posterior a produzir também
oxitocina. A oxitocina estimula as contracções do miométrio, que aumentam as
contracções a novamente a produção de oxitocina, até à expulsão do feto.
Após o nascimento e a eliminação da placenta, as concentrações de estrogénios
e progesterona diminuem, o que estimula a secreção de prolactina pela
hipófise anterior. A prolactina actua ao nível das glândulas mamárias,
estimulando a produção de colostro (rico em proteínas e anti-corpos) nos
primeiros dias e leite, que tem início 2 a 3 dias após o parto. Durante o
aleitamento, as mamadas do bebé estimulam a libertação de oxitocina e de
prolactina pela hipófise. A oxitocina estimula a contracção das células que
rodeiam os alvéolo mamários e a libertação do leite, enquanto que a prolactina
estimula a produção do leite da refeição seguinte.
Sistema Reprodutor Feminino:

A Oogénese começa nos ovários, no interior dos folículos ováricos e conclui-se
nas Trompas de Falópio, momento da fecundação. Tem início durante o
desenvolvimento embrionário e pode ocorrer até à menopausa. Os ovários
estão cobertos por uma túnica albugínea. Dividem-se em duas regiões: uma
zona cortical mais densa e periférica, contendo numerosos folículos em
desenvolvimento e uma zona medular, mais interior, que contém vasos
sanguíneos e nervos.
Na altura do nascimento, o ovário possui inúmeros folículos primordiais (oócito
I + zona granulosa).
A partir da puberdade, mensalmente, vários folículos primordiais iniciam uma
série de transformações e um deles transforma-se num folículo maduro ou
folículo de Graaf. Os restantes folículos que iniciam o desenvolvimento
degeneram.

Transformações que dão origem a um folículo de Graaf:
1. Oócito aumenta de tamanho
2. Células da zona granulosa crescem e multiplicam-se – a zona passa a ter
várias camadas celulares
3. Forma-se a zona pelúcida, constituída por glicoproteínas.
4. Forma-se uma cápsula com duas camadas – Tecas – a mais interior tem
função secretora.
5. Surgem vesículas cheias de líquido entre as células da zona granulosa,
que se fundem e formam a Cavidade Folicular ou Antro
6. O oócito situa-se na extremidade oposta à cavidade folicular.
O líquido produzido pelas células foliculares faz aumentar a pressão dentro do
folículo que se expande e rompe – Ovulação.
Após a ovulação, as células da zona granulosa e a teca interna tornam-se
secretoras, formando o corpo lúteo ou amarelo que, se não houver gravidez,
degenera ao fim de alguns dias.

As 3 fases da Oógene são:
1. Multiplicação: as oógonias dividem-se por mitose durante o
desenvolvimento embrionário
2. Crescimento: ainda durante o desenvolvimento embrionário, algumas
oogónias aumentam de tamanho e acumulam substâncias de reserva
3. Maturação: Antes do nascimento inicia-se a meiose, mas pára em Profase
I. As células então formadas chama-se oócitos I e ficam encerradas dentro dos folículos primordiais. As oogónias degeneram, bem como muitos oócitos I.

Regulação hormonal:
Ciclo ovário e ciclo uterino.
Mecanismos de retroalimentação positiva e negativa.
GnRH é produzida pelo hipotálamo e actua na hipófise anterior, estimulando a
secreção de LH e FSH. FSH e LH actuam nos ovários. FSH actua ao nível do desenvolvimento dos folículos, que começam a produzir estrogénios. LH estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo amarelo. O aumento progressivo da concentração de estrogénios (no mecanismo de
retroalimentação positiva) até à altura da ovulação, induz a proliferação das
células do endométrio uterino (fase proliferativa do ciclo uterino) e estimula a
síntese de moléculas receptoras de progesterona. Após a ovulação, a LH, com valor elevado, estimula o desenvolvimento do corpo lúteo, que produz grandes quantidades de progesterona e também,
embora mais baixas, de estrogénios. A progesterona liga-se aos receptores do endométrio uterino que se
hipertrofiam e se tornam secretoras (fase secretora do ciclo uterino). As
hormonas produzidas pelo corpo lúteo têm efeito de retroalimentação negativa,
fazendo baixar LH e FSH. A diminuição da LH causa a degeneração do corpo
amarelo. A diminuição das concentrações de estrogénios e progesterona estimulam as contracções uterinas e o desprendimento do endométrio. Faz aumentar FSH e estimula um novo desenvolvimento folicular.
Tema 1 – Reprodução e Manipulação da Fertilidade

Sistema Reprodutor Masculino:

A Espermatogénese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, inicia-se na
puberdade e prolonga-se por toda a vida.
A localização dos testículos fora do corpo, faz com que estejam expostos a uma
temperatura favorável para a produção de espermatozóides (menos 2ºC que o
organismo).
Os testículos são revestidos externamente por uma cápsula albugínea que
forma septos incompletos. Os septos dividem os testículos em cerca de 300 a
400 lóbulos de forma cónica.
Nos lóbulos existem os túbulos seminíferos, onde são produzidos os
espermatozóides e as células de Leydig, que produzem hormonas masculinas
ou androgénios. O principal androgénio é a testosterona.
Dentro dos túbulos seminíferos existem dois tipos de células: as germinativas e
as de Sertoli.
As células de Sertoli são células de grandes dimensões que se prolongam
desde a periferia até ao lúmen dos túbulos seminíferos e as suas membranas
aderem umas às outras .
Entre as células de Sertoli existem as espermatogónias, que proliferam
continuamente. Uma parte das espermatogónias sofre diferenciação que leva à
formação dos espermatozóides.
O desenvolvimento dos espermatozóides ocorre da periferia para o centro do
túbulo seminífero.

A Espermatogénese tem 4 fases:
1. Multiplicação: as espermatogónias dividem-se continuamente por
mitose, aumentando em número. Este processo inicia-se na puberdade.
2. Crescimento: algumas espermatogónias iniciam um processo de intensa
biossíntese, aumentam de tamanho e acumulam substâncias de reserva,
passando a chamar-se espermatócitos I – células diplóides.
3. Maturação: os espermatócitos I sofrem a primeira divisão da meiose,
passado a dois espermatócitos II. Cada um dos espermatócitos II sofre a
segunda divisão da meiose e origina dois espermatídeos.
4. Diferenciação: Os espermatídeos sofrem a espermiogénese, processo de
diferenciação mediante o qual desenvolvem uma cabeça, uma peça
intermédia e uma cauda, constituindo um espermatozóide.
Assim: uma espermatogónia origina um espermatócito I, que se divide por
meiose e origina dois espermatócitos II no final da primeira divisão e cada uma
desses espermatócitos II origina dois espermatídeos, que originam um
espermatozóide cada. Portanto, uma espermatogónia origina 4
espermatozóides.

Os espermatozóides são células alongadas com 3 regiões:
1. Cabeça: onde se localiza o núcleo, contendo os cromossomas. Possuí na
extremidade uma cápsula chamada acrossoma, que contém enzimas
hidrolíticas necessárias à penetração no oócito.
2. Peça intermédia: com numerosas mitocôndrias que produzem o ATP
necessário para o movimento do espermatozóide.
3. Cauda: flagelo que se movimenta.
Os espermatozóides são libertados no lúmen dos túbulos seminíferos.
As células de Sertoli possuem receptores de testosterona e recebem
testosterona produzida pelas células de Leydig.
As células de Sertoli controlam o processo de espermiogénese. Contribuem
para a nutrição das células germinativas e isolam os espermatozóides do
sistema imunitário.

A testosterona influencia:
O desenvolvimento das estruturas reprodutoras e a manutenção das suas
capacidades funcionais;
O desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários;
O controlo da formação de espermatozóides;
A maior probabilidade no desenvolvimento de comportamentos, como a
agressividade.
Os espermatozóides são lançados para o lúmen dos túbulos seminíferos e daí
para o epidídimo, onde amadurecem e são armazenados. Passam depois para
os canais deferentes, onde se juntam os líquidos produzidos pelas vesículas
seminais e pela próstata e daí para a uretra.
As vesículas seminais produzem o líquido seminal, rico em açúcares e
alcalino.
A Próstata produz o líquido prostático, alcalino que é lançado na uretra.
As Glândulas de Cowper segregam uma substância mucosa que é expulsa
antes da ejaculação e que neutraliza a acidez da uretra.


Regulação Hormonal:
1. Neurónios do hipotálamo libertam GnRH para a hipófise.
2. O aumento da concentração de GnRH leva à segregação das hormonas
gonadotróficas pela hipófise anterior: LH e FSH.
3. LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona.
4. FSH liga-se ás células de Sertoli e estimula o desenvolvimento dos
espermatozóides.
Retroalimentação negativa: níveis elevados de testosterona inibem a secreção
de GnRH pelo hipotálamo e as concentrações de LH e FSH baixam.

Gónadas – são os testículos, constituídos por túbulos seminíferos enovelados
que produzem espermatozóides e hormonas masculinas. Localizam-se no

escroto.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Bem Vindos!



Olá, este blog é dedicado à disciplina de biologia do 12º ano.
Ao longo do ano vamos abordar diferentes temas, tais como:

  • Reprodução e manipulação da fertilidade
  • Património genético
  • Imunidade e controlo de doenças
  • Produção de alimentos e sustentabilidade
  • Preservar e recuperar o meio ambiente
Espero que gostem, bom estudo! ;)